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sábado, 13 de abril de 2013

TRANSPIRAR EM EXCESSO NÃO SIGNIFICA PERDER PESO


Muitas pessoas confundem o fato de transpirar enquanto praticam atividade física com a perda de peso na balança. Segundo o fisiologista Prof. Dr. Ricardo Zanuto, o número menor que aparece na balança após o treino é meramente ilusório. 

A água é um componente da massa magra, e logo, quanto mais água no corpo, maior o peso na balança. Muitos acreditam que por desidratarem o corpo, o peso na balança irá diminuir. Isso não ocorre! Ao se reidratar novamente, o peso de balança volta, afinal, a água não tem valor calórico. 

Segundo o especialista, existe um grande mito de que correr de agasalho ajuda a perder peso, já que o atleta irá suar mais. Porém, além de não obter resultados concretos, o atleta irá sofrer desidratação e perda de massa corporal. O personal trainer, Felipe Belo, afirma que o número de pessoas com agasalhos nas academias vem caindo, sendo fundamental o incentivo ao uso de roupas leves nos treinos. 

De acordo com ele, é necessário sempre orientar os alunos sobre a importância de ir com roupas adequadas e se hidratar antes e durante a atividade física. Com a desidratação extrema, o corpo pode entrar em hipertermia (aumento abrupto de temperatura corporal), e isso pode levar à rabdomiólise (perda de massa muscular esquelética) e limitar o exercício. 

No caso de desidratação seguida de perda excessiva de sal (chamada hiponatremia), o indivíduo pode ficar com o sangue mais denso. Além disso, os especialistas afirmam que secar o suor enquanto se treina não é uma boa prática, pois o ato de transpirar regula a temperatura da pele e impede que o corpo superaqueça.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

COMER MAL E MUITO É FATOR QUE PODE DESENCADEAR DIABETES TIPO II


Escolhas saudáveis e prática de atividade física podem retardar e até evitar desenvolvimento da doença.

Diz a sabedoria popular que “você é o que você come” e, dessa forma, as práticas nutricionais de uma pessoa podem influenciar diretamente a sua saúde e a sua qualidade de vida. No caso dos portadores de diabetes tipo 2, a máxima nunca foi tão verdadeira, visto que o controle nutricional combinado à prática de atividades físicas é fundamental para prevenir, retardar e tratar dessa doença metabólica.

De acordo com a médica especialista em nutrição clínica e obesidade, Ana Luiza Varela Barbosa, da clínica Slim Form, da capital paulista, comer mal e comer muito pode ser o início de uma cascata que leva ao diabetes, ainda mais quando a este hábito se soma o sedentarismo, resultando em obesidade, que aumenta a resistência insulínica, sobrecarrega as células produtoras de insulina e chegando ao diabetes tipo 2. Sentiu o drama da “bola de neve”? “E o quadro é sem volta: a partir do diagnóstico da doença, ela pode ser controlada, mas não mais curada”, frisa Ana Luiza.

Alimentação em foco

Quando um diabético recebe o diagnóstico da doença, geralmente o primeiro pensamento é o de que terá de deixar de comer coisas gostosas ou que vai passar fome, o que não é verdade. Todavia, é preciso atenção redobrada com a famosa pirâmide alimentar, ou seja, com os nutrientes que devem ser ingeridos para que a doença metabólica mantenha-se sempre controlada.

No Brasil, desde 1998 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conta com uma legislação específica para conceituar os produtos light e diet, tendo como referência as normas internacionais do Codex Alimentares, um tipo de fórum internacional de normatização de alimentos. “Há portarias rígidas específicas para alimentos para fins especiais, nutrição complementar, alimentos embalados e, principalmente, rotulagem de alimentos embalados”, cita a médica. Além disso, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) estuda e fiscaliza possíveis irregularidades que possam surgir. Tal rigor se faz necessário porque a diabetes é uma doença que pode colocar a vida do portador em risco ao levar à complicações silenciosas em órgãos vitais como rins e coração. “Devemos procurar cada vez mais marcas confiáveis, dando preferência aos produtos naturais, evitando, assim, a ingestão inadequada de calorias e nutrientes”.

Atenção redobrada

As crianças não estão livres da obesidade e, consequentemente, dos riscos de desenvolver uma diabetes tipo 2. Além disso, todo mundo precisa ficar atento ao que ingere, por mais gostoso que seja. “Balas, doces e refrigerantes são alimentos consumidos em larga escala e que possuem grande quantidade de açúcares em sua constituição. Por isso, cuidado. Atenção também com as massas, pois após serem ingeridas, se comportam também como açúcar, ainda que não sejam doces”, ensina a especialista em nutrição clínica e obesidade.

Comer a cada três horas também é importante, mas o diabético deve ficar atento ao que vai consumir. Deixe os doces e pães de lado e invista em até três frutas por dia. Na hora de fazer o prato, a especialista indica que se divida o recipiente em quatro porções: duas para verduras e legumes, uma para os grãos e a última, para carnes. Seguindo a moderação, é possível controlar a diabetes sem ficar com vontade ou passar fome.

Entenda a doença

“A diabetes é um grupo de distúrbios metabólicos que compartilha o fenótipo de hiperglicemia”, sintetiza Ana Luiza Vilela Barbosa. Enquanto no tipo 1 há a destruição de mais de 80% das células beta – fabricantes de insulina no pâncreas -  por causa autoimune, no tipo 2, que compreende 90% dos casos de diabetes, 80% dos portadores são obesos ou estão no sobrepeso.

Bons hábitos alimentares, controle do colesterol, redução da circunferência abdominal podem diminuir a resistência insulínica, retardar o desgaste das células Beta pancreáticas ou até impedir o aparecimento da doença. Exercícios físicos regulares são fundamentais não só na prevenção, como também no tratamento dessa resistência insulínica, de acordo com Ana Luiza.

Em todo o mundo, a epidemia da diabetes já é realidade, com mais de 120 milhões de diabéticos de diversas faixas etárias e nacionalidades. “No Brasil, 12% da população urbana entre 30 e 68 anos são diabéticos tipo 2 e, embora não possamos generalizar, ainda falta prática no controle e manuseio desses pacientes, não só pela equipe formada em nutrição como por todos os profissionais da área da saúde”, alerta Ana Luiza.

FONTE: PORTAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA